quinta-feira, 20 de setembro de 2012




Mas de vez em quando eu sou até capaz de amar as pessoas. Eu gosto quando elas sorriem, quando elas abraçam e quando são sinceras. Eu gosto das pessoas, mas apenas das pessoas de verdade, sem máscara ou bengala espiritual. E eu gosto de estar por perto, gosto de incomodar, de procurar os risos, de afrouxar os laços. Gosto de cutucar a ferida e depois ir com jeitinho, tentando curar. Gosto de escrever sobre certas dores, que apenas pessoas de verdade tem. Gosto de fazer com as pessoas se sintam amadas, por que elas são. Eu as amo, com seus risos largos, gestos simples, cabelos bagunçados. Amo gente decente, que sabe ser gente, muito mais que biologicamente.


 - Ana Favorin, As pessoas que eu amo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário