segunda-feira, 28 de abril de 2014

A culpa é mesmo das estrelas?



“Eu também esperei muito da vida. Eu quis muitos amigos. Quis amores correspondidos. Quis voltar no tempo para desfazer umas burradas ou talvez para vivê-las de novo. Também quis chorar vendo um filme triste e já quis não chorar na frente de algumas pessoa, foi em vão. Eu quis ser aquela pessoa que todos tem coisas boas pra falar, não só aquele que apontam na rua e sussurram por aí. Mas eu não tive. Não aconteceu exatamente nada que eu queria. Se tenho dois amigos, é muito. Amores correspondidos? É de comer? Nunca senti isso na minha vida. E tudo que eu fiz, ficou exatamente do jeito que era, apenas com alguns retratos borrados que as memórias marcaram. E eu vou te falar mais, eu não morri por causa disso. Claro, algumas vezes você pensa na vida e chora, mas eu não me deixei levar por isso. Porque foi exatamente esse “não ter” que me faz estar aqui, de novo, tentando. Foi exatamente a vida decidir ser uma filha-da-mãe comigo, que eu não desisto. Não desisto mesmo. Quem disse que naufragar também não pode ser uma bela viagem?” 

— A culpa é mesmo das estrelas?