“Vai dizer que você nunca teve receios ao escutar as
quatro mais simples palavras — Preciso falar com você — Sejamos
verdadeiros meus colegas, a curiosidade realmente matou o gato. Ou vai
falar que você nunca ficou sem dormir á noite por pensar na maneira de
descobrir o que uma determinada pessoa — Muita das vezes nem tão
importante — queria falar com você? Venhamos e convenhamos, isso
qualquer pessoa já fez, e se não fez, um dia ainda terá de fazer. Vai
dizer que nunca teve medo de algumas palavras? Principalmente vindas da
boca de algumas pessoas. Vai dizer que nunca pediu desculpas por medo de
perder alguém especial? Porém, isso não vem ao caso, não agora. Há um
tempo atrás, me perguntaram qual era a coisa que eu tinha mais medo, sem
ter o que falar, respondi que morria de medo do escuro. Cheguei em casa
e durante a noite fiquei pensando naquela pergunta. Pensei em tudo que
já haviam me dito, em todos os medos que já senti, em todas as coisas
que já vivi, e cheguei a conclusão de que a coisa mais perigosa da vida,
são as pessoas. Elas falam sem pensar e por isso acabam agindo sem
perceber. Além de influenciáveis, são hipócritas. Movidas por uma
sociedade completamente padronizada demais, algo de outro mundo, que
realmente não foi feito pra mim. Mas o que fazer se não tenho pra onde
correr? Pois bem, acho que desde o princípio desse texto eu já mudei de
assunto algumas vezes, e logo terei de mudar novamente. Pois não são só
os assuntos que mudam. O tempo muda, as pessoas mudam, as palavras
mudam, as gerações mudam, e por fim, algo que já era pra ter mudado faz
tempo, ainda não mudou… Precisamos conversar.”
— | Um filme de terror chamado “precisamos conversar”. Luiz Otávio, |
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